sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Não espere nada

Quando não se espera
O pouco que se tem
Se torna sublime
E o encanto logo vem

Quando não se espera
O pouco torna-se muito
E uma pequena gota d'água
É capaz de matar a sede

O inesperado é fantástico
As sensações se intensificam
O ardor do fogo é mais intenso
Os elogios glorificam

Quando esperamos muito
Tudo o que temos vira pouco
Nada emociona
Nada nos deixa loucos

Espere pouco
Não tenho muito a oferecer
Porém cada gesto único
Se fará engrandecer

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Voô Livre

Hoje sinto sua falta
Sem você fico ansioso
Sem você a agonia toma conta
Sem você nada é gostoso

Quando a tive minha
Eu me faltava
Eu não me bastava
Mas você era minha

Hoje eu não a tenho
Me sinto pronto para você
Serei pleno
Sentirei o vento

Envolto nos grilhões
Atrás das grades
Preso em algemas
Apenas sem você

Com você posso voar
Com você posso sonhar
Com você não tenho idade
Sem você nada acontece, Liberdade!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Convivendo com o ócio

Ultimamente tenho convivido com um novo amigo: o ócio.

De vez em quando ele até faz bem, mas conviver com ele todos os dias, enche o saco.

Uma forma que encontrei para driblá-lo, foi o uso de um simulador do boardgame Puerto Rico, em excel, claro.

O jogo foi eleito um dos melhores boardgames e eu o considero simplesmente fantástico!

Porquê? Porque ele não depende de sorte! Isso mesmo. Um jogo de tabuleiro que depende única e exclusivamente da estratégia de cada jogador.

Joga-se com 3 à 5 jogadores (no simulador joga-se com 0 à 5 jogadores humanos) idade recomendada acima de 12 anos.

O jogo resume-se em exportar especiarias da colônia para a metropole e acumular pontos de vitória.

Vale a pena para quem gosta de jogos de tabuleiro, estratégia e quem quer aprender um pouco de excel (o código VBA está todinho aberto para visualização).

Baixe o jogo aqui e as regras aqui.

Beijocas!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Crítica aos Blogs

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Blá.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tudo e Todo

Deus é o todo.
Tudo está no todo
O homem está em Deus
O homem é Deus
Assim como meus olhos sou eu
Tudo o que é vivo é Deus.

Temos o poder de criar
Temos o poder de destruir
Temos o poder de transformar.

Deus é oniciente porque é tudo.
Deus é onipresente porque é o todo.
Tudo faz parte, todas as partes formam o todo.
Toda parte que sei do todo, torna-se todo
Mas como sair do todo se ele é tudo?

Deus é o passado, presente e futuro.
Nascemos do passado, somos o presente e criamos o futuro.
Tudo podemos ver e saber se um dia nos tornarmos
Não parte, mas o todo.

Sou parte, sou Deus.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?

Este é o 1º texto que irei publicar que não é de minha autoria. Trata-se de um trecho do "Guardador de Rebanhos" de Alberto Caeiro - Heteronimo de Fernando Pessoa cujo retrata de forma singular a visão que tenho de Deus.

V
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei.
Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar.
É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas?
Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.

Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica?
Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

Constituição íntima das cousas...
Sentido íntimo do Universo...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.

É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,

(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Vamos nos casar

O sol está brilhando no céu
Um vento frio e úmido
Venta forte em seu rosto
Balançando seu imenso e delicado véu

O sol está escondendo-se nas nuvens
Um vento forte e barulhento
Varre as ruas e leva as folhas do outono

Seu vestido está lindo
Lindo como o céu
Chegou o dia, vamos nos casar
A igreja está cheia
Todos estão aqui

Vamos nos casar porque te amo
Amo mais que o céu ama o sol
Te amo tanto que faço loucuras
Loucuras tão loucas
Que saio por ai berrando
Pelas avenidas, estradas ou ruas

Berro que te amo
e o mais alto som
Não é tão grande quanto meu amor
Quanto este amor imenso
Que sinto por você.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ignavos #6

Capítulo 6 : O conhecimento dos planos
Zurn e Ignavos se enfrentaram por outras diversas vezes, onde Zurn foi sempre vencedor. O humano havia melhorado bastante suas técnicas de luta e aprendeu a usar seus poderes psíquicos em combate, mas de nada isto adiantava contra o forte meio-orco.Nas batalhas, Ignavos conseguiu dinheiro e equipamento, inclusive um par de luvas mágicas, que lhe davam mais força. Sempre que podia ele recolhia os equipamentos do adversário e o que não servia para ele era distribuídos entre os outros gladiadores.Em uma batalha contra dois monstros, Zurn e Ignavos lutaram juntos até que os monstros caíssem ao mesmo tempo. Com isso ouve um nexos planar em plena arena, onde os dois foram teletransportados para um plano desconhecido.Azgul ao ver que os dois foram para outro plano, ordenou imediatamente que caçadores fossem contratados para trazê-los de volta vivos. Para serem mortos na arena pelo próprio Krotar. O kaisharg almejava não só a morte dos dois, mas como suas armas de volta.Três caçadores foram contratados e enviados atrás dos gladiadores. Eles seriam pagos com dinheiro e terras em Urak caso os trouxessem vivos e apenas dinheiro se suas cabeças fossem trazidas. Azgul não pode sair pessoalmente ou enviar os Vastek devido há uma nova rebelião dos Gaians que atormenta a paz do Lich e o faz recordar da antiga profecia de Arden.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ignavos #5

Capítulo 5 : As Arenas de Urak
Por quatro anos Ignavos foi escravo. Lutou em diversas arenas e contra os mais variados oponentes. Viu a morte passar por seu corpo inúmeras vezes, mas uma força desconhecida fazia com que ele continuasse a lutar. Também foram diversas as vezes que Ignavos e Zurn se enfrentaram, mas o meio-orco poupava a vida do humano pelo simples prazer de ver sua dor por mais uma vez. Ignavos nunca venceu uma luta contra Zurn.Algumas vezes os dois eram forçados a lutar junto, mas era o inimigo em comum cair e os dois começarem um combate entre eles. Ignavos aplicava o máximo de suas forças, enquanto o meio-orco apenas se deliciava com o desespero do humano, banhado em sangue, esgotado da batalha e com a dor no coração de não saber como estariam seus pais.Certa vez Azgul recebeu uma proposta irrecusável. Deixaria Ignavos e Zurn morrerem em uma luta contra um meio-gigante, campeão da Arena de Tyra. Ignavos desafiou o Kaisharg e com ele fez uma aposta: se eles conseguissem matar o meio-gigante, eles ganhariam a liberdade. Azgul tinha a certeza de que morreriam, então aceitou a aposta. O combate foi árduo e demorado, Ignavos e Zurn custaram a trabalhar junto. Estavam apanhando e perdendo sangue, a clava do meio-gigante não era comum, ela abria feridas maiores do que parecia ser capaz e, não o bastante, eles não conseguiam ao menos acertá-lo. Quase morto, Ignavos finalmente pediu ajuda a Zurn. Impulsionado pelo meio-orco fez uma acrobacia por cima do meio-gigante flanqueando-o. Não demorou muito para que Zurn desarmasse o inimigo de forma que Ignavos pudesse acertá-lo. O meio-gigante caiu e os dois estavam livres. Neste dia os dois não digladiaram entre si; estavam cansados demais para fazê-lo.Tanto Zurn como Ignavos, já não sabiam mais viver de outra maneira, Ignavos descobriu que seus pais foram mortos ao tentarem amenizar sua pena e mesmo livres os dois continuaram a digladiar.Azgul desejava velos mortos na arena, ele perdeu grande quantidade de dinheiro com a liberdade dos dois. Mandava feri-los antes dos combates para que caíssem, mas não adiantava. Ninguém mais conseguia derrota-los. Principalmente juntos. Foi então que Azgul propôs uma nova aposta, lhes daria as suas melhores armas se eles vencessem um monstro extraplanar, mas se perdessem seriam novamente escravos e Azgul teria o direito de matá-los pessoalmente.Novamente a batalha foi dura, mas a vitória foi dos dois gladiadores livres, que ganharam uma espada larga de neférium e um machado orco de lâmina dupla como recompensa. Azgul não podia deixar de cumprir sua palavra ou seus jogos perderiam o respeito do povo e com isso ele perderia público e dinheiro.

Voto facultativo e censitário

Hoje pela manhã eu fiquei triste com o meu país. Como em todos os dias eu cheguei ao escritório, resolvi os assuntos mais urgentes e fui ler as notícias na Internet. Estava lá, nas últimas notícias: “Presidente do STF manda soltar Marcos Valério e seu sócio”. Eles, assim como tantos outros, receberam os benefícios da “impunidade brasileira” e da nossa tão aclamada corrupção. Não bastante, após inúmeros escândalos a popularidade do nosso presidente “altamente escolarizado” acabou de bater mais um recorde e, claro, não foi o único a bater recordes; a nossa “amada” novela acompanhou o presidente no interesse do povo.

Neste cenário, voltei a refletir sobre a forma como escolhemos nossos líderes. Sem
hipocrisias e utopias, não vou falar sobre minha “paixão de adolescente” (apesar de ter achado linda a sua aplicação). Vou falar apenas de Democracia.

No Wikipédia existe um parágrafo que resume bem minha opinião sobre a democracia brasileira:

“No Brasil, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos, e opcional para cidadãos de 16, 17 ou acima de 70 anos. Críticos dessa lei argumentam que ela facilita a criação de currais eleitorais, onde eleitores de baixo nível educacional e social são facilmente corrompidos por políticos de maior poder financeiro, que usam técnicas de marketing (quando não dinheiro vivo ou favores directos) para cooptá-los. Ainda de acordo com os críticos, o voto obrigatório é uma distorção: o voto é um direito, e a população não pode ser coagida a exercê-lo.”

Após apresentar o cenário e a opinião, resta mostrar-lhes o modelo que acredito funcionar; afinal, não adianta apontar o dedo e criticar se não for para mostrar uma solução. Serão quatro passos:

1º Passo

O voto deve ser facultativo. Uma pessoa obrigada a votar, vota em qualquer candidato, anula seu voto, vota no candidato que o vizinho disse que é bom, ou pior, vota no candidato que lhe deu uma cesta básica antes da eleição. O voto faz parte do direito do cidadão e abster-se de um direito também é um direito.

2º Passo

O voto deve ser
distrital. O cidadão deve poder acompanhar e cobrar seu candidato, deve conhecê-lo e não se deixar levar pela campanha publicitária.

3º Passo

Faz-se necessário um investimento concreto em educação para tornar acessível a toda população brasileira a formação média gratuita. Deve haver escolas capazes de prover ensino de qualidade para todos e estas escolas devem estar localizadas próximas às residências dos alunos. Deve também, ser extinta a necessidade familiar do trabalho infantil. Toda criança deve ter acesso à escola.

4º Passo

O voto deve ser censitário. Somente pessoas naturais do Brasil, capazes, livres criminalmente (não carcerários) e com ensino médio completo podem exercer o direito de votar. Uma vez dada condição de todas as pessoas alcançarem os requisitos do censo, o voto deve ser censitário. O voto deve ser consciente e livre. Sendo assim, não é para qualquer um. Seu direito deve ser conquistado.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ignavos #4

Capítulo 4 : Amor e Perdição
Kentora ainda era virgem e teria sua noite de núpcias com Krotar em pouco tempo. A menina não se conformava com seu destino, chorava todas as noites e rezava para que Ignavos a libertasse.No Harém havia mais de 100 mulheres, todas humanas entre 13 e 25 anos de idade e vindas de famílias simples, porém somente um guardião, Zurn, um meio-orco eunuco.Já apaixonados, Ignavos e Kentora se encontravam escondidos nos becos da cidade sempre que ele ia à Tyra. Zurn tinha muitas mulheres para cuidar e acabava por não dar conta de segurar todas. A menina saía por uma pequena janela nos fundos de seu quarto enquanto uma de suas amigas distraia o meio-orco.Na noite de núpcias de Kentora e Krotar ela havia saído com Ignavos e, naquela noite, perdido sua pureza com ele. Krotar sentiu a falta da garota e comandou uma busca à ela. Zurn foi quem encontrou os dois amantes em um celeiro no subúrbio da cidade.Ignavos nunca apanhara tanto. Entretanto, Zurn tinha de levá-lo vivo para julgamento frente ao Kaisharg de Tyra. Krotar sugeriu à Azgul que condenasse os dois à morte, mas a única a receber esta punição foi Kentora. O kaisharg achou mais conveniente e lucrativo ver o forte ajudante de olaria morrer como um gladiador em suas arenas.Zurn foi feito escravo junto com Ignavos, afinal foi sua incompetência que permitiu o romance de Kentora. Furioso, o meio-orco jurou que o humano não seria morto na arena, mas este haveria de sentir dor e sofrer como jamais alguém sofreu. Esta seria sua vingança e, a partir daquele momento, seu objetivo de vida.A garota foi morta e esquartejada no início do primeiro combate de Ignavos contra Zurn. Neste dia o humano não conseguiu ao menos erguer a espada, a multidão apenas vaiava o meio-orco por este não mata-lo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ignavos #3

Capítulo 3 : Ignavos, o Menino de Poderes Estranhos
Kiora estava vivendo um dia tranqüilo. Gabor, seu esposo, estava feliz e lhe trouxera flores do campo pela manhã. Ela lavava suas roupas em um rio próximo de sua casa na Vila de Elgin ( pequeno vilarejo 3 dias ao sul de Tyra ), quando se assustou ao ouvir o choro de um bebê. Olhando em direção ao barulho do choro, Kiora se deparou com uma cesta de pães sendo trazida pela correnteza do rio. Nadou até apanhá-la e a trouxe para a margem.Gabor não queria aceitar a criança de maneira nenhuma, sabia do ocorrido em Tyra e, se os Vastek descobrissem a origem da criança, com certeza ele e Kiora seriam mortos. Decidiu que por uma noite a criança ficaria, para que ele pudesse ter tempo para concretizar suas idéias e decidir o melhor a fazer.Os olhos singelos e frágeis do menino amoleceram o coração de Gabor. Ele sempre quisera ter um filho mas Kiora era estéril e se sentia inferior às outras mulheres por isso. O menino ficaria e seria chamado de Ignavos.Os anos foram passando e a vida de Gabor, Kiora e seu filho Ignavos estava cada vez mais difícil. Os impostos estavam altos e Gabor já não dava mais conta do seu trabalho sozinho, o menino teria que ajudá-lo.Com 12 anos de idade o pequeno Ignavos passou a ajudar seu pai em seus trabalhos de olaria. Ainda muito jovem, o garoto não tinha força suficiente para os trabalhos mais pesados, mas esforçava-se como se fosse um dos homens mais resistentes da Vila de Elgin.Da maneira como se esforçava, Ignavos exigia demais do seu corpo e sua mente e isto fez com que tivesse a necessidade de desenvolver forças além de sua capacidade natural, assim despertando uma pequena parte do poder que antes, como guerreiro do fogo, possuía. Agora Ignavos já não era mais um ser humano normal, tinha poderes psíquicos que fugiam à compreensão de seus pais, pessoas simples e sem nenhum conhecimento místico.O trabalho agora andava mais rápido e a família passava por poucas dificuldades. Gabor e Ignavos trabalhavam juntos nas construções enquanto Kiora cuidava de seus afazeres domésticos. Assim foi por mais 7 anos.Num certo dia, Ignavos havia ido à Tyra procurar mais uma construção para ele e seu pai fazerem, quando parou, atônito, frente à praça principal, onde estava havendo comércio de escravos. Fortes grilhões contrastavam com o doce e puro olhar de uma jovem garota de cabelos negros e cacheados, Kentora, uma menina de apenas 16 anos, mas com corpo de mulher. Ignavos ficou encantado com tamanha beleza e decidiu que compraria a garota para depois libertá-la. Ofereceu todas as suas peças de ouro por ela, mas ele não pode competir com a riqueza do poderoso líder Vastek.Krotar levou Kentora como mais nova mulher de seu harém, porém o jovem Ignavos prometeu a si mesmo que libertaria aquela garota.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ignavos #2

Capítulo 2 : O Nascimento de Nerdaph
Mil anos se passaram, a guerra foi esquecida, Tyra reconstruída e o poder dos Kaishargs restabelecido. O único que não esqueceu a batalha foi Azgul, que teve sua vida perturbada pela lembrança da graciosa Arden proferindo suas ultimas palavras e profetizando a queda do Lich.Azgul se tornara um poderoso mercador de escravos. Possuía inúmeros gladiadores e viajava de cidade em cidade, de arena em arena, buscando riquezas e conhecimento. Ele se tornou mestre em diversão e entretenimento, para aumentar seu tesouro e controlar o pensamento das pessoas.Mas o tempo foi passando e o Kaisharg começou a se preocupar com a profecia de Arden. Estudou o alinhamento planetário e interplanar e descobriu que naquele ano os guerreiros ressuscitariam. Mal sabia o Lich que apenas Nerdaph ressuscitaria em Urak. Arden, Vardoc e Garath nasceriam em outros mundos.Azgul ordenou que os Vastek, sua cavalaria de elite, matassem todas as crianças recém nascidas. O medo e o terror tomaram conta de todas as casas de Tyra, cidade esta onde nasceria a criança. Homens e mulheres tiveram suas casas invadidas e seus filhos assassinados. Aqueles que tentavam lutar eram mortos ou escravizados. A cidade tornou-se um inferno.No subúrbio de Tyra vivia uma família simples e sem qualquer riqueza, mas com grande fé nos Poderes Elementais. Aghata e Gorax haviam acabado de ter um filho, uma criança diferente, com olhos castanho – avermelhados e uma marca em sua testa: um arco de fogo representando o sol, símbolo do elemental do fogo. Conhecedores da profecia de Arden, o casal não teve dúvidas. O garoto se chamaria Nerdaph.Era noite fria, o cheiro de madeira queimada enchia a casa de um aroma agradável. Gorax estava chegando em casa quando os Vastek apareceram. Montados em cavalos negros e de olhos brilhantes, vinham os Cavaleiros do mal, deliciados com a idéia de decepar a cabeça de cada recém nascido que encontrassem. Eles invadiam todas as casas e reviravam tudo.Gorax gritou para sua esposa correr com a criança enquanto apanhava seu martelo. Ele era um homem grande e forte, trabalhava na forja de armas e armaduras para os soldados de Azgul, sabia combater. Aghata saiu pelos fundos da casa com a criança escondida em uma cesta de pães, por sorte Nerdaph dormia.Ela não sabia para onde fugir, só sabia que precisava sair da cidade. Correu. Correu durante horas até chegar em um riacho que cruzava seu caminho. Aghata não conseguiria atravessar, não com Nerdaph em seus braços. Foi neste momento que o pior aconteceu. Krotar, o líder dos Vastek a tinha seguido. Ele pediu a criança e disse que não precisava machucar a moça se ela cooperasse. Mas não foi assim que aconteceu. Aghata soltou o cesto na correnteza do riacho e atirou-se em cima do Cavaleiro negro. Sem muita dificuldade ele a matou. Mas o cesto já estava longe e de certo a criança não sobreviveria sozinha. Krotar a deixou seguir.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ignavos #1

Capitulo 1 : A Profecia de Arden

O calor e a falta de umidade no ar fazem com que a visão e a sanidade dos homens sejam enganadas, assim eles são obrigados a refletir inúmeras vezes antes de acreditarem em seus olhos.
No topo de um planalto, montado em cavalo árabe de pelugem rubra, está Nerdaph, o guerreiro do fogo, ao seu lado, estão Garath, Vardoc e a bela Arden, estes, guerreiros da terra, água e ar respectivamente.
A exuberante cena dos dois sóis encontrando-se no horizonte faz com que apenas a silhueta dos guerreiros possa ser vista, montados, no alto de um planalto no deserto de Urak. Eles cavalgam em direção à Tyra, onde será travada a última batalha contra Azgul, o Kaisharg mais rico de toda Urak.
Quando chegaram a Urak, depois de viajado por diversos mundos e planos, os quatro guerreiros conheceram um povo desolado pela fome e falta de recursos, um povo que lutava pela água e pelo pão, que sofria a repressão de magos malignos que extraiam seu poder dos recursos naturais do planeta, estes eram os “Coveiros”, seguidores devotados da legião da Morte. Comandados por poderosos mortos-vivos denominados Kaishargs, os Coveiros não se importavam com nada e nem ninguém, apenas com o aumento de seu poder mágico. Seus principais líderes, os kaishargs, eram poderosos Lichs que combinavam o poder da mente e da magia para atrair cada vez mais seguidores desta ordem “exploradora”.
Os guerreiros não acreditavam no que viam e não se conformavam, foi então que souberam da existência de uma resistência, os Gaians, usuários de magia em prol da restauração de Urak. Os Gaians aprenderam a usufruir da magia sem danificar os recursos naturais do planeta.
Formaram uma aliança e durante quinze longos anos houve a guerra. Gaians e Coveiros engalfinhavam-se pelos seus ideais de magia. Os quatro guerreiros elementais encarregavam-se de segurar o poder dos kaishargs; neste momento, a guerra está quase terminada, esta última batalha decidirá o lado vencedor.
Sob o comando de Nerdaph, os guerreiros descem o planalto e galopam em alta velocidade em direção da já avistada Tyra. São mais de dez mil homens montados e sedentos de liberdade, brandindo longas espadas e martelos. Arden cavalga ao lado do guerreiro do fogo e invoca grandes aves de rapina para bloquear os arqueiros inimigos, Garath abre caminho e traz a ajuda dos elementais da Terra, enquanto Vardoc convoca uma grande tempestade.
O exército chega à Tyra e encontra um imenso número de soldados inimigos, vampiros e licantropos, zumbis e homens. Os cainitas, montados em enormes pesadelos, lideram o exército maligno enquanto Azgul assiste tudo de um patamar em sua torre.
A batalha começa, mas o exército de Azgul tem uma grande vantagem, eles não precisam comer e nem são afetados pelo cansaço. Não demora para que o exército dos guerreiros elementais seja reduzido a metade, mas os quatro guerreiros conseguem chegar até Azgul.
No patamar externo da torre do Kaisharg foi onde a guerra teve fim. Os quatro guerreiros iniciaram a sua última batalha contra o Lorde maligno. Foram mais de trinta minutos de combate árduo, onde o primeiro a perecer foi o jovem Vardoc, depois Garath e Nerdaph.
Arden estava desesperada, seus companheiros já haviam caído e seu corpo não agüentaria muito tempo, quando ela decidiu usar suas últimas forças para convocar o poder dos Deuses elementais do ar. A ventania era tão intensa que por pouco não derrubou o Lich do patamar, a areia fazia com que o vento se tornasse cortante e redemoinhos começaram a se formar. Sob o céu negro e com a pele fatiada pelo vento, Arden proferiu suas últimas palavras:

Neste momento, entre o céu e a terra,
Entre a vida e a morte,
Usufruo do poder que tu me deste
Não sinto a dor do corte
Invoco seus poderes
Oh, magnífico ar !
Oh, Deus elemental !
Permita-me profetizar !
Profetizo porque acredito.
Profetizo através de teu poder.
Digo que voltaremos
E nenhum Lich poderá nos deter.
Pereço agora, mas não amanhã.
Ressuscitaremos os quatro
Os planos voltaremos a atravessar
E aqui, em Urak,
Iremos nos reencontrar
Lhe daremos mil anos
Para se redimir e retificar
Pois digo que aí sim,
Sua maldade irá acabar.

Concluindo seu feitiço Arden caiu, pereceu aos pés do poderoso Lich Azgul. Sob o patamar, apenas corpos. Empilhados e estilhaçados, corpos de dez mil homens que almejavam uma única coisa:

LIBERDADE !!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Conflito na faixa de Gaza

Por que do susto com o conflito na faixa de Gaza? Desde que o lugar existe, existem nele os conflitos políticos e religiosos. A lei internacional proíbe ataques contra alvos civis, mas como separar civis de militares em uma região pátria de grandes movimentos terroristas, onde qualquer homem pode ser um homem-bomba? Será que este conflito, se transformado em guerra (envolvendo mais países), não é a “chave” para sairmos da crise financeira?

Minha opinião é que se é pra fazer guerra, então que a guerra seja feita direito. Vou explicar: Um soldado do exercito “x” mata um soldado do exercito “y”, só que o soldado do exercito “y” tem um irmão da polícia civil, que estava perto e logo em seguida mata o soldado do exercito “x”, então este tinha um filho de 10 anos que fica sabendo da morte do pai, que mesmo sem participar diretamente da guerra, cresce com ódio mortal da nação do exercito “y”. Segundo Sun Tzu (ou Maquiavel, não me lembro ao certo), ao invadir uma aldeia, mate também as mulheres e crianças, pois estas, se sobreviverem, criarão uma próxima geração de inimigos. Eu concordo.

Quando falo de aquecimento econômico através da guerra, falo em países preocupados em desenvolver tecnologia, produzir alimentos, produzir veículos e, claro, produzir equipamento bélico. Falo em um país financiando o outro, falo em geração de emprego, falo em desenvolvimento e crescimento.
Agora, se é pra ficar com esse joguinho de comadre, de foguetinho pr’um lado, foguetinho pro outro, só mata gente, cria novos inimigos e fode um pouco mais com a economia.Se é pra fazer guerra, façam direito.

Mudança

Quando aliados tornam-se inimigos
Quando a brisa torna-se tempestade
Quando as flores tornam-se armas
Quando os valores tornam-se água

Quando a luz vira escuridão
Quando o amor vira ódio
Quando a amizade vira solidão

Quando a esperança torna-se ansiedade
Quando a compaixão torna-se maldade
Quando tudo se torna realidade

Quem sou
Onde estou
O que penso
Ou onde vivo?

Estradas tornam-se trilhas
Desejos tornam-se desilusão
Motivação torna-se tristeza

O que preciso
O que quero
O que espero?

Mudança.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

REBELDES

O pôr do sol era esplêndido,

O exército de anjos

Nas margens do planalto

Montados e sem asas.

No horizonte, apenas a sombra

A imensa torre ofuscada pelo sol

Lá o destino

Espera e se prepara

O ardor e sagacidade

Dos heróis é apenas

O pré-requisito para sobreviver

Os medos e pesadelos

Os aguardam

Ansiosos por seu sangue

O espirito de liberdade

Era quase tão grande

Quanto a imensa vontade

Vontade de paz

E a paz não vêm

Se não pela guerra

E os sete anjos rebeldes

Montados e sem asas

Correm em direção ao sol

Buscando lá encontrar

O calor humano

Hoje já apagado pela fúria

O ódio e soberania do demônio

Que inspira o desejo

A vontade de voar

De aprender a amar

E de ser REBELDE!

Klash Chronicles #1

Deserto dos Crânios. Faz onze semanas que cheguei a este plano e quase dois anos desde que matei meu irmão. O deserto aqui é igual a todos os outros que passei, exceto por uma coisa: o céu é rubro e há anos o dia não amanhece. O povo local chama o fenômeno de “Escuridão Carmim”.
Resolvi vir pra cá quando escutei rumores de que o governo daqui, conhecido somente como “Império” estava fornecendo armas e conhecimento mágico para os Zentarins em troca de informações e influência política em Faerun. Resolvi cortar o mal pela raiz.
É estranho como o medo das pessoas parece maior nesse lugar. O toque de recolher existe em praticamente todas as cidades e os viajantes que cruzei se afastaram de mim como quem se afasta de um demônio. Não é como em Mir-Mir, quando me chamavam de demônio e tentavam me matar, aqui eles simplesmente fogem. Mais uma vez na minha vida eu não me sinto humano.
Pelo menos, algumas pessoas dedicam as vidas contra a ditadura imperial, se autoproclamam “Rebeldes” e me contaram que a maior dificuldade que encontram é a falta do sol, uma vez que as criaturas noturnas se fortalecem e a motivação dos soldados se enfraquece. Não é de se estranhar.
Pelo que meu conhecimento sobre as ordens da natureza me diz, esta tal Escuridão Carmim não é natural, além de eu ter que controlar para que a energia mágica deste lugar não invada meu corpo e acabe me matando. Toril é farta em magia, mas mesmo lá eu precisava me concentrar e me esforçar para absorver qualquer tipo de energia mágica. Aqui, é como se o planeta estivesse transbordando, a magia parece vazar para outro plano fazendo com que esse fluxo continuo da essência primordial queira me usar como canal, arriscando assim levar minha própria energia.
Esta sensação é muito estranha e para mim, está relacionada a uma alteração na composição dos planos, mas é cedo afirmar. Agora irei à busca de esclarecimentos. Provavelmente em Sigil exista algum Planeshifter capaz de me auxiliar.

Continua...

Relato feito por Thamior Patas de Urso.
- Thamior, também é conhecido como Klash, o Demônio. Fez história ao destronar seu irmão, Ulfasso, do trono de Mir-Mir e colocar o Príncipe Agon como regente em seu lugar. Klash é um Andarilho do Horizonte renomado, além de exímio Ranger e habilidoso Guerreiro. Klash também é portador do fogo primordial e carrega a “pedra do demônio” encravada em seu peito.

Bem Vindos!

Este é o primeiro devaneio publicado por este Bardo; mas acredito que o maior devaneio de todos foi criar o Blog.

Eu sempre gostei de histórias e tive minha primeira experiência como poeta aos 12 anos, quando puberemente apaixonado, escrevi sobre o amor.

Decidi tornar público meus pensamentos, minhas idéias, meus sonhos e minhas fantasias, por isso não espere coesão, conexão ou continuidade entre os posts.

"Livro aberto" é como meus amigos classificam minha vida e a partir de hoje, parte deste livro será este Blog.

Voltem sempre!
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